Lentes de contato inteligentes

Lentes de contato inteligentes

Com as primeiras versões desenvolvidas ainda no século XIX, as lentes de contato hoje vão além da função de dar mais conforto que os óculos. O aumento de seu consumo impulsionou estudos para o desenvolvimento de inovações tecnológicas, como lentes que protegem os olhos dos efeitos nocivos do sol e até podem escurecer de acordo com a luminosidade do ambiente, medem a glicemia dos diabéticos, corrigem o daltonismo e propiciam a imersão no mundo virtual, segundo a NewLentes, e-commerce do segmento.  O crescimento das vendas de lentes no varejo óptico, segundo o Sebrae, foi de R$ 2,6 bilhões e está ligado às vantagens, como a efetividade da correção da deficiência visual, a praticidade e motivações estéticas. “São boas alternativas para diversos casos, como para quem dirige todos os dias, já que a cobertura da visão periférica é maior, e também para quem pratica esportes, trazendo mais segurança. Vale destacar as que escurecem automaticamente de acordo com a luz do local; quando chegarem no mercado, podem sair mais em conta que uma armação de sol com grau”, aponta  a NewLentes. O especialista afirma que o segmento deve se renovar a cada ano para atender a demanda crescente, já que a estimativa é que um terço da população mundial deva ser míope em 2020 e, em 2050, a metade. “Acreditamos que as lentes ainda devam ir além da saúde, apresentando as mesmas funções dos smartphones, como acessar redes sociais, e-mails e tirar fotos”. Veja algumas novidades apontadas pelo especialista que já estão ou devem chegar às prateleiras em breve:

Proteção UV

Faz parte da rotina colocar os óculos ou as lentes de contato de manhã, mas nem sempre os óculos de sol são lembrados. As lentes com proteção contra raios ultravioleta resolvem o problema, uma vez que são multifuncionais: além de garantir a visão nítida, elas evitam o desenvolvimento de doenças na visão, como o pterígio – lesão no olho que leva ao crescimento de um tecido –, queimaduras na córnea, catarata e a degeneração muscular, causadas pelas radiações UVA e UVB. A NewLentes comercializa lentes ACUVUE, que oferecem essa função, em versões para miopia, hipermetropia e astigmatismo, com descarte quinzenal ou diário – este último, segundo Lucas, tem se tornado tendência por conferir mais praticidade ao usuário e saúde ocular.

 

Adaptáveis à luz 

Aqueles óculos que escurecem de acordo com a luminosidade e garantem maior proteção aos olhos devem ganhar sua versão moderna. No primeiro semestre deste ano, foram aprovadas nos EUA as lentes de contato de grau com essa função. A novidade, que deve chegar em 2019 no mercado americano e ainda não tem data para o Brasil, são equipadas com moléculas fotocrômicas que mudam sua estrutura quando expostas à radiação ultravioleta. Esteticamente, será preciso se acostumar com pessoas andando com as íris completamente pretas por aí.

 

Cores para os daltônicos 

Muito mais do que resolver o problema e propiciar mais conforto para quem tem alguma deficiência visual, a medicina caminha para tratar outras doenças utilizando as lentes de contato. Já estão em estudo as lentes para corrigir o daltonismo – doença em que a pessoa não consegue diferenciar algumas tonalidades, como azul, verde e vermelho. Os itens possuem pigmentos que absorvem comprimentos de onda de luz entre vermelho e verde, permitindo que os olhos absorvam mais luz e distingam melhor essas cores.

 

Fim das picadas para diabéticos

Outra novidade que está a caminho é a lente inteligente que mede o nível de glicose, o que deve facilitar o controle em diabéticos, que têm de monitorar constantemente a glicemia. O sensor funciona por meio das lágrimas do usuário, que assim não precisará fazer as várias picadinhas no dedo, uma vez que os receptores avisam quando o nível de açúcar no paciente está mais alto que o normal.

Redação

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